Algumas pessoas que eu atendo – principalmente as mulheres – me perguntam como elas sabem se são ou não co-dependentes. Elaborei então uma lista de aspectos básicos de uma co-dependente afetiva (assim como eu já fui e conto aqui) . Saibam que isso não resume e não diagnostica nada. Se desconfiar que tem esse problema, procure ajuda!
- Detesta ficar sozinha. Estar solteira é um suplício e vive procurando por um novo amor ou relacionamento.
- Não espera para se apaixonar. Um traço marcante de co-dependencia é a paixão platônica. A pessoa não conhece o outro, mas fantasia e “ama de todo o coração”, mesmo sem saber o que é isso.
- Não consegue viver sem o outro. O outro vira o centro do seu universo e, quando não estão juntos, passa o tempo pensando no que vão fazer quando estiverem.
- Excessos de toda sorte: mensagens demais, ligações demais, muita vontade de ver. Veja bem, isso até é mais comum num primeiro mês de namoro, mas se passar disso tem algum problema.
- Não suporta o silêncio do outro. Se não receber uma mensagem já enche a cabeça de fantasias de separação.
- Acha que o outro é a única chance de felicidade. Não entende que existem muitas pessoas no mundo. Entende, mas não acha que ninguém mais a faria feliz.
- É muito reativa. A co-dependente não entende jogos amorosos ou manipulações e sempre reaje. Se o outro não liga, ela liga falando “um monte”. Tudo é motivo para uma DR.
- Excesso de explicações. Quando sente que o outro se afasta – o que acontece com frequencia – ela começa a querer convencer o outro a ficar com ela. Coloca-se imediatamente no papel de vitima explicando o quanto já sofreu e que não pode sofrer mais por ele. É a fase dos textões.
- Coloca o motivo da sua felicidade – ou não – na mão do outro. Esquece do trabalho, dos estudos e dos amigos. Passa a viver a vida do outro e falar “nós” o tempo todo. A própria história fica secundária.
- Tem crises infundadas de ciúmes. Faz escândalo. Quem vai ao trabalho da pessoa fazer um show na porta geralmente é um co-dependente amoroso. Como tem a autoestima destruida, não tem medo de passar vergonha.
- Morre de medo da separação. Acredita que é melhor – muitas vezes – morrer a perder o amor do outro.
- Sujeita-se demais aos caprichos do outro. É geralmente feita de capacho, atura os maiores absurdos em nome do amor.
- Baixa autoestima e autoconfiança.
- Não escuta mais as pessoas. Quando alguém diz que aquele amor não é benéfico para ela, tende a rechaçar a pessoa e a cortar relações com ela.
- Sofre demais e o tempo todo. Dor e sofrimento são parte integrante do seu dia quando o outro não responde como ela deseja.
Se identificou isso em você ou em alguém, procure ajuda.