O poder de um cabelo novo

Michelangelo dizia que não esculpia a pedra. Tirava sim a escultura que já vivia dentro dela. Eu me identifiquei demais com essa frase quando abri os olhos e vi meu cabelo novo. Senti uma coisa muito diferente do que geralmente sentiria.

A co-dependencia por anos tirou um pouco das minhas verdadeiras emoções. Eu me empolgava demais com algo e depois achava que aquilo era a pior coisa do muito. A amplitude das emoções era muito exagerada e isso não acontece mais. E eu não fazia uma transformação real desde que consegui domar a minha co.

Depois dela, as emoções são mais normais. Você se empolga, mas não ultrapassa um certo limite. Você se apaixona com cerquinhas por qualquer coisa, até pelo seu cabelo novo. Mas a sensação foi ótima, de qualquer maneira.

Há meses venho falando que precisava de uma persona nova. Algo que fosse um equilíbrio entre a loirinha “patricinha” e a morena “mulher de negócios” que eu já fui. Algo que misturasse as suas personas anteriores, que me desse liberdade e poder. Algo que aconteceu quando me vi ruiva, de long bob desconectado.

Moderna, mas poderosa. O poder é algo que vem de dentro, sem sombra de dúvidas, mas é algo que precisa de uma ancoragem externa. Algumas pessoas pensam nisso com roupas, sapatos caros. No meu caso, é o meu cabelo.

Quando eu precisava resgatar a mulher, a poderosa e sexual eu fui ser loira. Fui ser loira até o ponto de parecer meio Marilyn e era essa a ideia. E foi bom, enquanto durou. Descobri meu poder sexual, meu poder de atrair os homens que passaram pela minha vida. Mas descobri que isso não estava no cabelo e sim em mim mesma. Hoje, quero outro tipo de homem, quero ser outro tipo de mulher e o cabelo ancorou isso.

Escolha quem você quer ser. Que aspectos da sua vida você quer trabalhar agora? Foque-se naquilo que realmente precisa de atenção. Eu estou focada na minha vida profissional e estou focada em me tornar a mulher de negócios, de novo. Mas agora muito bem acompanhada com a minha persona Marilyn, ainda sedutora, mas profissional. Essa é a minha interpretação e pode nem ser a sua. Cada um precisa encontrar o seu miolo, aquilo que mais precisa.

Enfim…obrigada a Poly por ser uma parceira e amiga e por ter sido o meu Michelangelo!

 

 

Publicado por Andrea Pavlo

Analista junguiana, taróloga e mentora.

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